Friday, February 02, 2007
 
BOOZOO BAJOU
JUKE JOINT 2
É inegável um dos motivos porque os Boozoo Bajou vieram ao mundo: tentar colocar no centro de toda a acção o velho e místico delta do Mississipi. Enquanto hoje em dia muitos dos olhares ainda se voltam para a mãe Africa e da sua cultura ancestral extraem alguns dos mais importantes ensinamentos, a voz do velho rio, onde nasceu toda música afro-americana, é relegada para um plano secundário. Com alguma insistência os Boozoo Bajou têm nos recordado da importância do solo sagrado onde nasceu o jazz ou blues e com frequência homenageiam o chão arável onde a contemporaneidade musical começou a tomar forma.
Desde «Satta» que a dupla de Nuremberga não tem feito outra coisa senão tentar enquadrar diversas matrizes sonoras numa única equação. E apesar de ter corrido bem á primeira, as vezes que se seguiram revelaram-se despropositadas ou pouco inspiradas. Aconteceu com «Dust my Broom» ediado em 2005, que com a excepção do elemento canção introduzido na equação, os fundamentos repetiam-se, e agora com «Juke Joint 2», onde Peter Heider e Florian Seyberth se precipitaram nas escolhas e os elementos somados não têm a força para fascinar com a mesma eloquência...
«Juke Joint 2» é mais uma compilação onde os Boozoo Bajou reúnem algum dos temas que os tem estimulado nos tempos recentes. Enquanto que no primeiro tombo reconhecíamos algumas das inspirações para a música do duo, neste segundo tombo alargam a gama a outros géneros para além do dub, reggae, soul ou blues. Não que as novas ou velhas escolhas deixem os cabelos em pé, mas as mãos que reuniram boa parte deste material deixaram de fora certamente o mais importante: a alma. Seria interessante que se aprofundassem as raízes elementares que constituem os gostos ou a escola da dupla em vez da mera exposição de temas por os quais se apaixonaram recentemente.
Não que o elemento mais pop ou o vulgar lounge sejam sempre dispensáveis, mas se a essência do primeiro «Juke Joint», que remetia algum do seu fascínio para os clássicos intemporais, fosse levado mais a sério, ninguém seria forçado a admitir que algumas redundâncias aqui incluídas poderiam ter ficado na gaveta ou simplesmente terem sido expostas num qualquer set da dupla.
PUBLICADO ORIGINALMENTE NO BODYSPACE


AMP FIDDLER
AFRO STRUT
Uma das primeiras perguntas a surgir é quem é Amp Fiddler? É do conhecimento público que este homem de Detroit, de seu nome Joseph Fiddler, trabalhou com George Clinton nos anos 80 e Prince nos anos 90 e durante esse tempo não se poupou a uma série de ensaios e colaborações. Pessoas influentes que não só lhe enriqueceram o curriculum como lhe abriram definitivamente os horizontes à sua ambição como músico e produtor. A voz e a atitude não passaram despercebidas desde que seu nome passou a estar associado á sua própria música A formação em jazz, o profundo conhecimento das velhas escolas funk e a inegável paixão pela soul, fizeram o resto, transformando este músico num dos mais cativantes nomes a surgirem nestes últimos tempos. Mas se identificar Amp Fiddler num meio sobrelotado é relativamente fácil, complicado será explicar o seu verdadeiro desígnio neste mundo.
Amp Fiddler atinge um novo patamar e revela-se ainda mais engenhoso no segundo álbum. Podemos desde logo reconhecer o talento e admitir que teve uma escola invejável, para logo de seguida elogiar-lhe a escrita criativa. Sim, porque apesar de muita coisa já ter sido imaginada, criada e explorada, ainda há alguém neste mundo com inspiração suficiente a correr-lhe nas veias para trazer à realidade um disco como Afro Strut. E acreditem encontrar alma no funk ou na soul produzidos nos dias que correm não é tarefa fácil. Indagar poderá ser uma tarefa frustrante. Mas quando do desconhecido emergem nomes talentosos que procuram – por vezes sem um esforço muito significativo – um linguagem própria, um estilo que permita distinguir agudeza de espírito da mediania corrente de quem corrompe a essência, aí ouvir música volta a ser um prazer.
Amp Fiddler alimenta-nos o espírito e obriga-nos a reconhecer pelo menos uma verdade, a sua. Não esconde as referências que lhe estão na alma e muito menos tenta dissimular na sua música uma certa substância que alimentava os clássicos. Ele simplesmente acolhe diversas pragmáticas para um núcleo e aí trata a matéria com o sentimento exigido, o seu sentimento. Era esse o engenho de Waltz of a Ghetto Fly (2004) e volta a ser esse o elemento de mais-valia em Afro Strut, a capacidade se síntese e interpretação de diversas linguagens e integra-las num universo próprio.
A verdade acaba também por estar diante de nós, desde que estejamos dispostos a ver e a percebe-la. Fiddler encontrou-a e agora decidiu uma vez mais partilhá-la com o mundo. Não se trata de uma novidade explosiva ou da criação de um marco que alimentará a história nos próximos anos, mas já será um facto bem para além do satisfatório que permitirá a unanimidade no reconhecimento das atitudes e talento de quem na verdade sabe o que quer. E ao segundo álbum não restam dúvidas sobre para onde o autor quer canalizar o seu conhecimento sobre o mundo.

JUNIOR BOYS
SO THIS IS GOODBYE
E não pedíamos mais. Num ano parco em novidades, sem grande história para contar e, o pior de tudo, abundante em redundâncias, chega mais um disco que nos faz parar e pensar um pouco no estado da pop, mas essencialmente na satisfação que ainda consegue proporcionar. À muito que a pop tem pouco para dizer à humanidade mas é bom saber que não está morta criativamente e que ocasionalmente ainda surpreende. A verdade é que a pop com tantas superficialidades procura evitar a introversão a todo o custo. Quase com medo de morte de expor-se nua perante um mundo que a quer ver sempre, resplandecente, vaidosa, cheia de adornos e enfeites desnecessários. Tudo é possível e tudo pode ser concebível e o que nos vale é que nem todos têm uma atitude de prolixidade perante a pop e ainda a tentam dignificar.
Será o caso desta dupla canadiana, Jeremy Greenspan e Matt Didemus, que depois de «Last Exit» e das experiências em torno de linguagens gélidas ligadas ao r&b, fazem-nos chegar um dos melhores exemplos de música pop neste ano de 2006. Há uma tristeza sedutora que nos encanta. Uma música despida de preconceitos, limpa, sensual, melodiosa, mas acima de tudo melancólica. As melodias quentes, firmes, capazes de derreter a robustez enregelada dos ritmos, fazem nos esquecer que são erguidas por máquinas... E talvez aí tenhamos a diferença substancial em relação ao registo de estreia: o pulsar do verdadeiro coração humano num mundo onde máquinas geram sons para nos confortar.
«So This Is Goodbye» é a prova evidente que é possível viver sem os revivalismos ortodoxos de 80, de viver vida própria sem ser refém de maneirismos de outros tempos. Esta música subsiste com referências electro-pop indiscutíveis como OMD, Soft Cell, The Human League ou Depeche Mode, mas a necessidade dos Junior Boys em abrir novas portas e compreender o presente e o mundo que os rodeia, revela alguma sabedoria autodidacta na disposição cerimoniosa dos sons, na forma como gerem o tempo e o espaço e na capacidade de escrever e exprimir os sentimentos. E essa ideia com que ficamos depois de algumas escutas, reflecte uma qualidade na estrutura de pensamento – no que diz respeito à inteligência da composição – que viabiliza toda a operação para além da beleza imediata de todos os temas. E quando me refiro a beleza ponho de parte a ideia de leviandade a que estamos habituados a ver associado o substantivo. Sem espaço para excessos, aqui tudo é belo, sério e melancolicamente doce.
Em «So This Is Goodbye» paira uma estranha sensação onde tudo soa agradavelmente familiar. Mas com o tempo deparamo-nos com uma frescura que suprime vulgaridades e que nos embala a alma. É raro encontrar discos assim, onde excelência estética anda de mãos dadas com inteligência. Talvez por isso este segundo álbum, produzido com uma inesperada elegância, mereça a nossa confiança e respeito num ano triste e com poucas novidades pop dignas de registo. Muito bom.

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THE BEAUTY ROOM
THE BEAUTY ROOM
Por vezes as ideias mais simples são mesmo as que resultam melhor, foi uma das mais-valias em 2001 quando os Zero 7 abdicaram da parafernalha tecnológica e decidiram recuperar alguns princípios de pop electro-acústica perdidos na tradição – e que tiveram em alguma música dos anos 70 a sua principal escola criativa. Do regresso ás raízes acabou por resultar num evidente manifesto pop psicadélico retro recheado de momentos soul e jazz que encantaram o mundo. O sonho, o amor e todo o calor humano fizeram o resto. Talvez aí encontremos os únicos pontos em comum entre os projectos de Henry Binns e Sam Hardaker e agora de Kirk Degiorgio e Jinadu. Os The Beauty Room proporcionam hoje o mesmo prazer que a música de Simple Things em 2001, mesmo que existam diferenças substanciais entre ambos os projectos como a inexistência nesta sala requintada de partículas jazz ou a completa ausência do psicadelismo eloquente que caracterizava o trabalho debutante dos Zero 7. Com o tempo que investimos na escuta deste álbum de estreia, a ideia de comparação desvanecesse-se. No fim acabamos por encontrar alma própria e uma marca de autor definida pela eficiência da escrita de canções e naturalmente pelo profissionalismo de todos envolvidos.
Os The Beauty Room iniciaram as suas actividades à pouco tempo mas no curto espaço que separou a edição do single 'Don't You Know' em 2005 e a edição deste álbum de estreia, este novo projecto de Kirk Degiorgio, que ganhou nova envergadura com a voz quente de Jinadu, chamou imediatamente a atenção de nomes como Gilles Peterson ou de Mixmaster Morris. Jinadu ainda será um nome desconhecido no grande circuito, agora Degiorgio surpreendeu muitos pela viragem abrupta na metodologia de produção da sua música. Ao longo de anos habituamo-nos a ver o homem por de trás de As One como um dos senhores do techno e eram poucos os que imaginavam vê-lo agora como mentor de um projecto pop e capaz de produzir música apurada e de fino recorte como a que ouvimos em The Beauty Room.
Durante as primeiras audições de The Beauty Room muitos poderão rotular esta obra como retro, apesar de no presente haver algumas dúvidas sobre o verdadeiro significado da expressão e em que contexto pode ser usado de forma positiva ou negativa. Mas as designações apenas farão desviar-nos do verdadeiro conteúdo: a boa musica. Com o tempo nada fará abalar a nossa a convicção de que ainda se faz música com o coração nas mãos e que nada nos desmobilizará a atenção de uma produção sem preconceitos, cuidada e simples como a que aqui encontramos. Se é de substância que hoje em dia procuramos na música, aqui encontramo-la ao ponto de nos encantar a alma. O piano, a guitarra acústica, o Fender Rhodes, a soul, as excelentes orquestrações da The Heritage Orchestra ou nomes como Brian Wilson, Steely Dan, CSN&Y, ou outras entidades influentes dos anos 70, contribuem para a envergadura estética da obra e asseguram-nos a credibilidade sonora.
Por vezes não haverá grande necessidade em explicar o que está diante de nós. Primeiro porque logo no contacto imediato com a obra o ouvinte apercebe-se dos intentos dos autores. Segundo porque a principal função da música enquanto arte ainda é proporcionar prazer e não valerá a pena perdermos grandes minutos a fazer longos discernimentos. A alma ainda é quem produz a melhor música. Ponto.


ROOT 70
HEAPS DUB

A estratégia de Hayden Chisholm podia ter passado pela mera remistura – tal e qual a conhecemos hoje – mas preferir reunir um grupo de músicos em estúdio e, não só recriar, reinventar a música de Burnt Friedman provou ser um desafio bem mais estimulante. E como nada acontece sem um motivo, não foi por obra do acaso que Hayden encontrou a música de Friedman antes pelo contrário, a obra do músico alemão, outrora também conhecido pelas manobras de Drome ou Nonplace Urban Field, não é completamente estranha a Hayden: há muito que o mentor dos Root 70 colabora como saxofonista nos espectáculos live de projectos como os Flanger ou The Nu Dub Players. O fascínio pelo espólio original de Burnt levou-o agora a selecionar os seus temas predilectos, convocar os restantes membros do quarteto e editar agora Heaps Dub via Nonplace (ou seja com a chancela de Burnt Friedman himself)
Podíamos estar perante a simples reconstituição mas tendo sido a premissa inicial bem explícita, a reorganização da escrita original e toque de autor foram elementos necessários a concretização em pleno dos objectivos. O próprio Hayden admite que o estímulo esteve na remoção dos elementos electrónicos dos originais, absorver as partículas e assimilar todos os pedaços para uma única massa homogénea onde os instrumentos acústicos fossem os únicos a terem o papel executivo no estúdio. Nem o sampler teve acção na reorganização, apesar de Hayden também admitir que as produções actuais têm muito a ganhar com toda a tecnologia ao dispor dos músicos: “With all those electronic devices surrounding us, there’s so may more possibilities to re-arrange, re-play, re-mix and re-cycle.”
Heaps Dub arranca da melhor forma. “Gets Things Straight” começa por, como o próprio título sugere, esclarecer o ouvinte sobre os intentos de Chisholm, Wogram, Rueckert e Penman na forma como será trabalhada toda a matéria-prima. E se o tema inicial transforma a visão obliqua dos sons de rua de Kingston dos The Nu Dub Players num magnifico exercício de escrita criativa em que, sem que o original desapareça por completo, o jazz impressionista do quarteto acaba por dominar toda a matriz dub com uma luz viva e resplandecente, já o último tema “Nightbeat” opta por uma introversão soturna e suburbana, que prefere a solidão e a dor, que prefere a perspectiva eloquente do sentimento de desespero de uma alma. No fim aderecemos-nos dos contrastes, dos vários sentidos e realidades que enriquessem a música do inicio ao fim…
Entre o primeiro e último tema, vislumbramos pelo meio a selecção cuidada de algumas produções incluídas em Can´t Cool, Midnight Sound ou Inner Space/ Outer Space que, perante uma nova estratégia de pensamento, ganham nova vida, nova substância e nova envergadura onírica. Heaps Dub é uma viagem séria, profundamente comprometida com os originais, mas distante o suficiente para permitir novas abordagens modernistas e várias visões alternativas para um reportório conhecido pela qualidade do songwriting. No fundo, mais um momento iluminado pela sabedoria e pelo gosto da aventura.


www.nilswogram.com/public/project.php?id=5
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  • KODE9 + THE SPACEAPE "MEMORIES OF THE FUTURE"

  • SPANKY WILSON & QUANTIC SOUL ORCHESTRA "I'AM THANKFUL"

  • JUNIOR BOYS "SO THIS IS GOODBYE"

  • AMP FIDDLER "AFRO STRUT"

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  • FUJIYA + MIYAGI "TRANSPARANT THINGS"

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    "De todas as artes que conseguem crescer no solo de uma dada cultura, a música é a última das plantas a germinar, talvez porque é a mais interiorizada, e, por conseguinte, aquela cuja época vem mais tarde é o Outono e a desfloração dessa cultura. A alma da Idade Média cristã encontrou a sua expressão mais acabada na arte dos mestres holandeses: a arquitectura musical por eles elaborada é a irmã póstuma, não obstante legí­tima e igual em direitos, da arte gótica. Foi na música de Haendel que tomou forma musical aquilo que de melhor havia na alma de Lutero e dos seus, esse acento judaico-hebráico que deu á Reforma um certo ar de grandeza: o Antigo Testamento faz música, o novo não. Mozart, o primeiro, restituiu em metal soante todas as aquisições do século de Luí­s XIV e a arte de um Racine e de um Claude Lorrain. Há na música de Beethoven e de Rossini que a melodiosamente respira o século de XVIII, o século do devaneio, do ideal destruído, da fugaz felicidade. Toda a verdadeira música, toda a música original, é um canto do cisne. Talvez a nossa música moderna, seja qual for o seu império, e a sua tirania, tenha diante de si apenas um curto espaço de tempo, porque surgiu de uma cultura cujo solo minado rapidamente se afunda, de uma cultura que em breve será¡ absorvida."
    Friedrich Nietzsche In Nietzsche Contra Wagner.


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